O mais recente caso de corrupção envolvendo o PT e a Petrobras veio coroar uma série de escândalos e exemplos de má gestão que, juntos, mostram que o partido da presidente Dilma Rousseff está dilapidando uma das maiores empresas do mundo.
Revelado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que está preso acusado de corrupção, esse novo escândalo envolve o pagamento de propinas a aliados do PT no Congresso e nos Estados. É o Mensalão 2.
Revelado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que está preso acusado de corrupção, esse novo escândalo envolve o pagamento de propinas a aliados do PT no Congresso e nos Estados. É o Mensalão 2.
Mensalão 2
Empreiteiras contratadas para negócios bilionários da Petrobras eram obrigadas a pagar uma grande quantia. Esse dinheiro era lavado por doleiros e ia parar no bolso de partidos e de políticos aliados do PT e do governo Dilma. Reportagem da revista VEJA desta semana afirma que entre os citados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa estão mais de 30 parlamentares, principalmente do PT, PMDB e PP, um ministro de Dilma e três governadores aliados – ou ex-aliados do PT.
Os escândalos de corrupção atingiram a reputação da estatal, que vem perdendo valor de mercado nos últimos anos. No final de 2007, a empresa valia R$ 509 bilhões, acima de gigantes como a Microsoft. Atualmente, é estimada em R$ 183 bilhões.
Refinaria de Pasadena
Pasadena é uma refinaria no Texas que foi comprada pela Petrobras por um preço total de US$ 1,2 bilhão, valor quase 30 vezes maior que o preço original. Quando o negócio foi feito, Lula era o presidente do Brasil. Dilma era então ministra-chefe da Casa Civil e comandava o conselho de administração da estatal. Em julho deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou 11 diretores da Petrobras a devolver US$ 792 milhões pela compra da refinaria de Pasadena.
Refinaria Abreu Lima
A refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, deveria estar pronta desde 2010, mas a obra está atrasada. O custo da construção saltou de R$ 4 bilhões para R$ 35,8 bilhões, tornando-se a refinaria mais cara do mundo em toda a história. Com o sobrepreço de R$ 31,8 bilhões daria para construir 34 mil escolas.
Dívidas
A Petrobras se tornou a companhia não financeira mais endividada do mundo. A dívida da empresa chegou a R$ 250 bilhões no terceiro trimestre de 2013.
Prejuízos
O lucro do ano passado foi o terceiro pior desde 2006. E os prejuízos se acumulam. Só o setor responsável pelo abastecimento interno de combustíveis ficou com deficit de R$ 18 bilhões em 2013.
Inauguração antes da hora
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a plataforma P-62 saiu em dezembro de 2013 do estaleiro em Pernambuco para ser inaugurada incompleta pela presidente Dilma, com o objetivo de salvar a balança comercial brasileira de um déficit no ano. Houve prejuízo para a estatal e risco para os trabalhadores.
Produção em queda
Na época do governo Fernando Henrique, a produção da Petrobras aumentava em média 10% ao ano. Com Lula no comando, o crescimento foi de apenas 3,7% por ano. E agora, com Dilma, a produção está em queda. Fica 1,2% menor a cada ano. Em 60 anos, a produção da Petrobras só caiu de um ano para outro em quatro ocasiões: uma com Collor, uma com Lula e duas com Dilma – a atual presidente é responsável pela primeira queda em dois anos consecutivos da história da empresa.
Adeus, autossuficiência
A propalada autossuficiência do país em petróleo, anunciada por Lula em 2006, jamais virou realidade. Muito pelo contrário: hoje o país importa e consome combustíveis fósseis como nunca antes na história deste país. No ano passado, precisamos comprar de outros países 400 mil barris por dia. Em 2009 nem sequer importávamos gasolina. Desde então, a compra de combustível do exterior só aumentou e hoje representa 13% do consumo interno.
Refino minguado
O Brasil está consumindo cerca de 40% a mais de petróleo do que há dez anos, mas a capacidade de refino avançou só 4,5% nesse período.
Déficit comercial
No ano passado, o déficit da empresa foi gigantesco: US$ 25,8 bilhões, com alta de 158% em relação a 2012. A estatal importou US$ 39,6 bilhões. As exportações, por sua vez, caíram 37,37% em relação a 2012 e somaram somente R$ 13,8 bilhões. A Petrobras respondeu sozinha por 16% das compras externas realizadas pelo país.
Regime errado
O marco regulatório implantado por Fernando Henrique em 1997 (regime de concessão) multiplicou por dez a capacidade de investimento da Petrobras e mais que dobrou a produção brasileira de petróleo. Mas o PT trocou este modelo vitorioso pelo de partilha, com forte viés ideológico e excessiva ingerência do Estado nas atividades. O único leilão realizado até agora sob o novo marco legal teve apenas um concorrente e nenhum ágio.
E sobrou até para o etanol
A política de preços que Dilma implantou nos combustíveis acabou com um dos setores mais promissores do Brasil, o do etanol. Em dois anos, o consumo de álcool caiu 35%. Quarenta usinas já fecharam as portas. O país que tinha tudo para ser a maior potência produtora de energia limpa e renovável do planeta hoje compra álcool até dos EUA.
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