O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, classificou, neste sábado (13/09), como extremamente grave a denúncia de que o PT cedeu a um chantagista para evitar a revelação do envolvimento de líderes do partido com o esquema de corrupção na Petrobras. Para Aécio, a história é a demonstração de que a marca do PT é se envolver em pelo menos uma denúncia a cada semana.
“Vi agora cedo essas notícias. É mais uma denúncia extremamente grave que tem que ser investigada em profundidade. A marca do governo do PT é essa: uma denúncia por semana e cada uma mais grave do que a outra”, afirmou Aécio, em Belo Horizonte (MG).
O candidato da Coligação Muda Brasil lamentou a sucessão de escândalos envolvendo o governo petista. “O Brasil não merece viver com sustos como esse. Nós temos que resgatar o padrão ético na Presidência da República. Nós temos que resgatar a capacidade de o Estado oferecer serviços de melhor qualidade. O governo brasileiro não pode ser alvo permanente de tantos ataques e de tantas denúncias em razão de tantos malfeitos”, afirmou.
Sem autoridade
Aécio ressaltou que a atual presidente da República, Dilma Rousseff, “perdeu a autoridade” para tentar a reeleição. “Aliás, eu acho que essa expressão aí já é um equívoco semântico, porque malfeito é muito pouco para a gravidade daquilo que nós estamos assistindo acontecer na máquina estatal. Repito: o governo da presidente Dilma perdeu as condições. Perdeu a autoridade até moral de pleitear um segundo mandato.”
A denúncia foi revelada neste sábado pela revista Veja. De acordo com a publicação, Enivaldo Quadrado, denunciado no esquema do Mensalão e da operação Lava-Jato, procurou o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e fez um ultimato: ou era devidamente remunerado ou daria à polícia os detalhes de documento apreendido no escritório do doleiro Alberto Youssef. O documento era um contrato de empréstimo entre a 2 S Participações, do publicitário Marcos Valério, que cumpre pena pelo escândalo do Mensalão, e a Expresso Nova Santo André, do empresário Ronan Maria Pinto.
O valor desse contrato, segundo a revista, é de R$ 6 milhões, exatamente a quantia que Valério informou ao Ministério Público que o PT levantou na Petrobras para impedir que detalhes sobre o escândalo em Santo André e o assassinato do prefeito da cidade, Celso Daniel, em 2001, viessem à tona.
O documento, afirma a revista, envolve no escândalo algumas lideranças do PT, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o ex-ministro José Dirceu, condenado no processo do mensalão e preso em Brasília.
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