A Gerência de Fauna (Gfau) do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), realizou o resgate de um jacaré-coroa (Paleosuchus trigonatus). A solicitação veio do bairro Cidade Nova Núcleo 5, zona norte de Manaus, onde policiais do Ronda no Bairro pediram ajuda aos analistas ambientais do Instituto para realizar a captura do animal.
De acordo com o analista ambiental que fez a captura do réptil Lucas Moara, o filhote se encontrava em uma poça d’água, tendo chegado à rua, provavelmente, por meio da rede de esgoto. O jacaré, depois de passar pela avaliação médica, para constatar qualquer anormalidade que o impeça de voltar à natureza, foi solto em habitat natural.
Em caso de ferimento, o animal seria encaminhado ao Centro de Triagens de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), localizado na Rua Ministro João Gonçalves de Souza, s/nº – Km 01- Br 319, Distrito Industrial (Zona Leste de Manaus).
No Cetas, os animais passam por uma triagem e são destinados de acordo com seu estado de recuperação, podendo ser devolvidos à natureza. Cerca de 70% dos animais resgatados voltam ao ambiente natural. Os demais permanecem em cativeiro, sendo encaminhados a criadores regularizados para este fim.
No ano de 2013, seis jacarés dessa mesma espécie foram resgatados e levados para o processo de soltura em habitat natural, e outros encaminhados ao Cetas. O jacaré – coroa está fora da lista de extinção até o momento, talvez, por ser uma espécie não comercial ao contrário das outras.
Jacaré-coroa - Os jacarés são descendentes dos primeiros répteis que habitavam o planeta, há cerca de 230 milhões de anos. É por isso que se diz que são animais pré-históricos, parentes dos dinossauros. O que mais assusta é o tamanho de sua boca que apresenta cerca de 80 dentes. Uma das espécies que podem ser encontrada no Brasil, principalmente na região amazônica é o jacaré-coroa.
A espécie ocupa habitats diferenciados dos outros jacarés amazônicos, basicamente riachos com áreas de floresta, em rios de até 40 m de largura e com profundidade mínima de 15 a 20 cm. Encontra-se presente em toda a bacia do Amazonas, Orinoco e rios da costa das Guianas.
Os répteis dessa espécie podem medir no caso dos machos 2,3 m de comprimento, enquanto as fêmeas chegam a medir aproximadamente 1,5m. Alimentam-se de vertebrados, como pequenos peixes, aves, répteis e mamíferos.
Aparentemente sua época de postura (acasalamento) é no final da estação seca. Muitos ninhos, construídos em montes de terra, estão localizadas ao lado ou sobre cupinzeiros, mantendo assim uma a temperatura estável. O período de incubação parece ser a mais longa de qualquer crocodiliano – superior a 100 dias.
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