Assessor de ministério apontou grandes derrubadas no Pará.
Aumento de autos de infração do Ibama seriam indicativo de alta
O assessor-especial da ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, Luiz Antônio Carvalho, que o índice de desmatamento da Amazônia deverá ser maior do que no período anterior, quando a devastação da floresta foi de 4.571 km², menor índice desde que foram iniciadas as medições, em 1988.
A informação poderá se confirmar com a divulgação dos dados do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o assessor, os dados "devem seguir" a tendência de alta do sistema mensal de alertas de desmatamento Deter, que apontou, em setembro, aumento de 35% na devastação em um ano. Ele não acredita no entanto, que o aumento chegue a essa procentagem.
A informação poderá se confirmar com a divulgação dos dados do sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o assessor, os dados "devem seguir" a tendência de alta do sistema mensal de alertas de desmatamento Deter, que apontou, em setembro, aumento de 35% na devastação em um ano. Ele não acredita no entanto, que o aumento chegue a essa procentagem.
O Inpe ainda não fechou o Prodes para o período 2012-2013, informou o MMA. O índice, que é usado como dado oficial de desmatamento, deve ser anunciado até o fim do ano. Luiz Antônio Carvalho citou, como indício do provável aumento, a maior quantidade de autos de infração (uma etapa antes da aplicação da multa), e a constatação de que este ano os valores das multas a quem cometeu irregularidades estão “cinco vezes maiores” que no ano passado.
Além disso, segundo ele, técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) constataram grandes polígonos de desmatamento, principalmente no estado do Pará.
“Nós estamos prevendo que o Prodes, cujo primeiro resultado sempre é provisório, talvez indique um aumento [no desmate] em relação ao ano passado. Por quê? Porque ao analisar a atividade no campo, o desmatamento está acontecendo em grandes polígonos, em especial no Pará, fazendo com que esse acumulado [anual] dialogue com dados do Deter”, explica o porta-voz do ministério.
Tendência
O Deter é o sistema de detecção de desmatamento em tempo real do Inpe, que analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão).
O Deter é o sistema de detecção de desmatamento em tempo real do Inpe, que analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão).
Em setembro passado, ele apontou que entre agosto de 2012 e julho de 2013 houve perda de 2.765,64 km² de floresta amazônica, alta de 35% em comparação com o período de agosto de 2011 e julho de 2012, quando houve a derrubada de 2.051 km² de vegetação.
O período de agosto a julho refere-se aos meses do "calendário do desmatamento", relacionado com as chuvas e atividades agrícolas no bioma. Sem explicitar números, Carvalho diz que mesmo com o possível aumento, o índice de desmatamento em 2013 não vai alcançar o total de 2011, quando a perda de floresta foi de 6,4 mil km².
Ele explica que operações realizadas pelo Exército e a Força Nacional nos estados amazônicos contribuíram para a redução nos crimes ambientais na região.
“Não estamos enxugando gelo, porque se você olhar os últimos três anos, o volume de floresta salva é praticamente o mesmo. Agora, tem muita gente tentando relacionar os aumentos com o código florestal, mas essa correlação é sem fundamento”, disse o assessor.
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