Sendo hoje o mais populoso de Manaus, segundo o historiador Gaitano Antonaccio, o bairro Cidade Nova, em suas etapas I, II, III, IV e V, além de outras áreas em formação não pode, estratégica nem geograficamente, ser considerado como um bairro de Manaus. “Primeiro porque o próprio nome já denunciava na criação, que o local estava predestinado a ser um novo município do Amazonas, considerando-se a grandeza da extensão das terras e a distância do centro de Manaus e de outros bairros periféricos”, afirma o escritor.
Conforme Antonaccio, o bairro Cidade Nova foi projetado na década de 1980, no governo do professor e intelectual José Bernardino Lindoso para oferecer 15 mil casas populares. Apenas 1.800 residências foram concluídas na primeira fase. “Essa primeira etapa, conhecida como Cidade Nova I, foi entregue no dia 23 de abril de 1981, data em que se comemora o aniversário do bairro”.
Antonaccio relata em seu livro que o começo da Cidade Nova não foi muito alegre, nem muito feliz. “O desmatamento da área provocou o aparecimento de doenças como malária, leishmaniose e muitas pessoas foram contaminadas, algumas chegando até a morrer. Além disso, as casas foram construídas no local depois de transformado num verdadeiro deserto, sem a mínima vegetação ou a permanência de áreas verdes,” salienta ele.
Muitos moradores, entre os anos 1981, logo após a entrega das primeiras casas, até 1995, devolveram mais de 200 casas, com receio de contrair doenças infecciosas que atingiam o bairro.
As casas foram construídas pela Suhab (Superintendência de Habitação do Estado do Amazonas), antiga Sham (Sociedade de Habitação do Amazonas), e eram transferidas aos proprietários mediante financiamento que chegava a 25 anos para quitação.
BAIRRO ATUALMENTE
É uma região localizada na Zona Norte de Manaus, limitando-se com os bairros de Santa Etelvina, Monte das Oliveiras, Colônia Terra Nova, Colônia Santo Antônio, Flores, Parque Dez de Novembro, Aleixo, São José Operário, Tancredo Neves e Jorge Teixeira.
Sendo área de grande extensão, muitas invasões começaram a surgir, além de conjuntos habitacionais e novas comunidades, por exemplo: Renato Souza Pinto I e II, Francisca Mendes, Ribeiro Júnior, Mundo Novo, Oswaldo Frota I e II, Amazonino Mendes, Mutirão, Oswaldo Américo, Américo Medeiros, Canaranas, Vale do Sinai, Monte Sinai, Campo Dourado, Riacho Doce, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Boas Novas, Galiléia, São José da Barra I e II, Nova Cidade, entre outros.
Supermercado DB Av. Noel Nutels
Apesar da grandeza da área, algumas ruas tornaram-se bastante conhecidas, como a avenida Noel Nutels, onde se localizam cinco agências bancárias, inclusive da Caixa Econômica Federal, supermercados, foro do Tribunal de Justiça e um comércio intenso; assim como a avenida dos Timbiras, Atroaris e outros logradouros.
O parque Sumaúma, criado em 2003, com 50 hectares, pelo governador então Eduardo Braga, é uma das poucas áreas de Manaus a preservar várias espécies da fauna amazônica. O nome do parque decorre da existência de sumaúma em seu perímetro, espécie em extinção na região. Esse parque é mantido por agentes comunitários do bairro e funcionários do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas).
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