Após três dias do acidente em uma estação do Programa Água para Manaus (Proama), o Governo do Amazonas decretou, na tarde desta sexta-feira (27), estado de emergência. Das 500 mil pessoas afetadas pela falta de água, nas Zonas Norte e Leste da capital, 200 mil dependem do abastecimento de carros-pipa e da reativação de poços. Durante coletiva, o governador José Melo informou que a situação deve ser normalizada cerca de cinco dias depois da conclusão da perícia técnica para apurar as causas do acidente.
O fornecimento de água em 33 bairros de Manaus segue precário desde a terça-feira (24), quando um rebocador - que transportava uma balsa com areia - bateu em uma das pilastras da ponte que sustenta uma adutora de uma estação no Distrito Industrial 2. Embora o acidente não tenha atingido diretamente a adutora que recolhe água do rio, o abastecimento foi comprometido devido danos na estrutura da ponte.
Como medida emergencial, 300 mil pessoas tiveram o abastecimento de água deslocado para a estação Ponta do Ismael. Entretanto, outras 200 mil ainda sofrem como fornecimento precário, segundo o governador José Melo. "Desse número, 150 mil estão recebendo água de carros-pipa e de poços, que foram reativados por conta do problema. Outras 50 mil pessoas estão recebendo água apenas por carros-pipas, pois moram em residências distantes dos poços", contou.
Ao todo, 25 carros-pipas, sendo sete deles do Exército, fazem o abastecimento nas áreas mais atingidas. Dos 29 poços existentes na cidade, 18 tiveram o funcionamento retomado para suprir a demanda. De acordo com o presidente da Manaus Ambiental, Alexandre Bianchini, os bairros Jorge Teixeira e Nova Vitória são os mais afetados com a falta de água.
O laudo da perícia técnica sobre as circunstâncias do acidente deve ser concluído até segunda-feira (30). A partir de então, Melo afirmou que a distribuição de água deve ser normalizada em aproximadamente cinco dias. O governador acrescentou ainda que pediu rigor no inquérito que definirá a responsabilidade da empresa rebocadora no acidente.
"Pedi que o laudo seja apurado com bastante rigor até porque a balsa atingiu a adutora em um local muito próximo da beira, então deve ter acontecido uma coisa muito inusitada para que o rebocador tivesse levado aquela monstra estrutura de ferro e areia até àquela localidade", disse ele ao acrescentar que, dependendo do resultado do inquérito, a rebocadora poderá responder criminalmente, além de ressarcir o erário por conta dos prejuízos.
FONTE: G1.COM
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