quarta-feira, 9 de abril de 2014

Rodoviários paralisam circulação de ônibus em Manaus...

Cerca de 1.500 ônibus deixaram de sair das garagens para atender a população nesta manhã (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Cerca de 1.500 ônibus deixaram de sair das garagens para atender a população nesta manhã 
Funcionários de empresas que fazem o transporte coletivo em Manaus paralisaram as atividades nesta segunda-feira (7). Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTR) e motoristas se concentram em frente às sedes da empresas, em diversas Zonas da cidade. Com a greve, a população está sendo prejudicada pela falta de ônibus na cidade. No sábado (5), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) estabeleceu que 70% da frota opere normalmente.

De acordo com o Sindicato, eles reivindicam aumento salarial, dissídio coletivo, fundo de garantia, além de participação de lucros e resultados e taxa de insalubridade.
Por conta do movimento, cerca de 1.500 ônibus deixaram de sair das garagens para atender a população nesta manhã, segundo o diretor jurídico do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), Fernando Borges.
Por volta das 6h20, o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus (Manaustrans) informava que não havia movimentação de ônibus coletivos nas vias da cidade e nem nos terminais.
Paralisação afeta a circulação de ônibus em diversos pontos da cidade (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Paralisação afeta a circulação de ônibus em diversos pontos da cidade 
A paralisação afeta a circulação de ônibus em diversos pontos da cidade. Na Avenida Autaz Mirim, na Zona Leste, os pontos de ônibus ficaram lotados. "Estou cerca de 20 minutos, mas tem gente que está aqui por mais de uma hora. Preciso pegar a linha 600 para ir à zona centro-sul, mas está difícil. Entendo que eles precisam reivindicar, mas a gente não tem culpa. Em nenhum dos bairros tem ônibus", disse o auxiliar administrativo Fabrício Medeiros.
O movimento grevista prejudicou também o estudante Jones de Souza, 22 anos. "Costumo esperar apenas alguns minutos pelo ônibus, mas já se passaram mais de uma hora. Eu preciso ir ao centro para a escola e tenho um trabalho para entregar hoje. O ruim dessa greve é que todo mundo chega atrasado no compromisso sem culpa", lamentou.

O diretor jurídico do Sinetram, Fernando Borges, informou que o movimento não está cumprindo a determinação judicial e que os representantes das empresas deverão ser acionados. "Não está sendo cumprida a determinação, 100% da frota está parada, o que representa 1.500 ônibus. Nós vamos pedir a prisão das lideranças que se recusam cumprir a ordem. Vamos comunicar a Justiça", disse.
G1 tentou contato com a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), mas as ligações não foram atendidas. A reportagem também entrou em contato com presidente do sindicato, Givancir Oliveira, mas não obteve sucesso.
Cerca de 1.500 ônibus deixaram de sair das garagens para atender a população nesta manhã (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Cerca de 1.500 ônibus deixaram de sair das garagens para atender a população nesta manhã (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Justiça
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acatou, na tarde deste sábado (5), o pedido feito pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e estabeleceu que 70% da frota opere normalmente, caso o Sindicato dos Rodoviários fechem as  garagens das empresas de ônibus nesta segunda. A medida foi tomada para evitar maiores transtornos à população usuária do transporte coletivo.
A Justiça determinou que o Sindicato dos Rodoviários deve manter 70% dos trabalhadores em atividade durante os horários de pico, pela manhã, de 6h às 9h, e a tarde no intervalo de 17h às 20h.
Para os demais horários, ela estabeleceu um percentual de 40%, onde os trabalhadores devem cumprir em escala de rodízio. Caso de descumprimento da liminar, o Sindicato dos Rodoviários poderá ser multado em R$ 50 mil dia de paralisação.
No documento o TRT determina, ainda, que os sindicalistas mantenham uma distância mínima de 50 metros da frente das garagens, sob pena de crime de desobediência e multa de R$ 50 mil por hora.
Motoristas grevistas ficaram nas garagens das empresas (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)

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